Quem já viu um único show de mágica para crianças pode achar que é tudo igual, quem já viu vários mágicos em festas infantis já tem quase certeza. No Rio de Janeiro, o que existe na prática são dois tipos de show para aniversário de criança:
Primeiro tipo - "O politicamente correto" - É o tipo de show em que o mágico contratado está o tempo todo durante o espetáculo preocupado em respeitar ao máximo os adultos que estão assistindo, o aniversariante e seus amiguinhos convidados para a festa. Com esse objetivo, o artista não faz piadas constrangedoras que exponha ao ridículo quem voluntariamente participa do show, não faz números mágicos "perigosos" com fogo, lâminas cortantes e etc, ou qualquer outro efeito que as crianças possam tentar reproduzir e se machucar posteriormente. Por mais louvável que sejam essas preocupações do show "politicamente correto" são elas, as preocupações, que limitam muito o profissional atuando na festa, fazendo esse show se tornar monótono e cansativo, por ter pouquíssimos trechos de humor verdadeiro, aquele tipo de humor cuja a gargalhada é inevitável.
Segundo tipo - "Humor livre" - Ao contrário do primeiro caso, nesse tipo de show vale quase tudo pelo espetáculo. Esse "quase" costuma ser limitado pelo tipo de público que assiste, o artista sonda antes do show o que o contratante deseja e até onde o mágico pode ir, em se tratando de humor. Como o compromisso é com o show em primeiro lugar, deixa-se de lado o politicamente correto e abre-se a possibilidade de rir todos, rir da criança que está participando por não conseguir fazer a mágica direito, rir do adulto por não entender a frase de duplo sentindo e etc. Esse tipo de atração, em geral, é mais dinâmica, mas a um custo óbvio.
Então como fazer mágica para crianças sem constranger e sendo engraçado de verdade? Esse foi o desafio que o Marvin propôs a si mesmo. Durante esses mais de 14 anos fazendo shows de mágica ele já foi de um extremo ao outro, de totalmente adequado ao mais descontraído.
A solução criativa adotada pelo mágico Marvin foi uma terceira opção. Tudo de errado que acontece motivo de risada, acontece com o próprio mágico e seu ajudante (a produção do show), por outro lado tudo que dá certo, motivo de orgulho, acontece com a criança que participa daquele efeito mágico. Dessa forma, o aniversariante seus amiguinhos, recebem sempre o mérito pelo sucesso, e o insucesso motivo de risada é atribuído a quem foi contratado para divertir, o mágico. Com esse intuito, o Marvin criou o personagem "o mágico doido", fazendo várias loucuras em um show lúdico totalmente participativo. Impossível não se divertir, impossível não agradar a todos. Respeitoso e engraçado, essa é a filosofia dessa forma de fazer mágica para crianças.
